sábado, 8 de dezembro de 2012

Dionísio Della Penna ("Coqueiro"), um italianinho com pouco mais de 1,60m de altura, veio de São José do Rio Preto para Goiânia. O apelido "Coqueiro" foi ganho por Ter os cabelos arrepiados de tal sorte que se pareciam com as folhas de um pé de coqueiro. Hoje, com certeza, quase ninguém o conhece pelo verdadeiro nome.
Logo tornou-se um estudioso de mecânica de automóveis, na Escola Técnica noturna. De dia, lavava boi zebu e engraxava sapatos.
Com o decorrer do tempo, tornou-se um dos melhores mecânicos em transmissões automáticas. Seu prestígio atravessou fronteiras e muitas vezes mandavam caixas de câmbio de outros Estados para serem reparadas por ele.
Em 1963 mudou-se para Brasília, trazendo com a bagagem dois filhos (Geovane e eu, Plínio, então com 8 anos), e começou a trabalhar nas suas duas especialidades: câmbios hidramáticos e regulagem de motores. Na época, já sonhava com a tecnologia mais avançada existente nos EUA. Em 1964, em plena revolução, trouxe o restante da família, minha mãe e mais quatro irmãos. Resolveu revolucionar também, e importou o primeiro equipamento de regulagem eletrônica para o País.

Trazendo dentro de si uma paixão incontrolável pela música, aprendeu desde pequeno a tocar bandolim e violino, sendo sempre acompanhado por seu primo e irmão de criação meu tio Waldir Lomazzi ,que também é um exímio músico e eterno companheiro.
Aqui em Brasília conquistou a simpatia  de  praticamente toda a cidade, coisa que nós os filhos agradecemos muito, pelo carinho dedicado a este mecânico e músico de mãozinhas sujas de graxa e quase sempre bem machucadas pela própria profissão ,sem por isso deixar seu bandolim de lado!

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